terça-feira, 31 de agosto de 2010

Exercício lexical: aves de rapina

 Esta fotografia é de Rafael Ruiz

Já sabem que perto de Navalmoral de la Mata situa-se o Parque Nacional de Monfragüe, no qual há animais muito interessantes, nomeadamente as aves de rapina. Com este exercício poderemos aprender o nome dalgumas delas.

domingo, 22 de agosto de 2010

A caminho de Santiago (e regresso)

Compostelana
Pneu furado
Chegada a Peraleda de la Mata



Um ano atrás, no Verão de 2009, o Roberto Alonso (aluno de 2º de Nível Avançado) fez uma fascinante viagem de bicicleta por terras de Espanha e Portugal. Saiu de Sevilha e chegou a Santiago de Compostela. No regresso, partiu desta cidade galega e chegou a Valença do Minho, depois visitou o Porto, Lisboa e Elvas, entre outras cidades portuguesas, até chegar a Peraleda de la Mata, em terras da Extremadura espanhola.
Na sala de aulas,  mostrou-nos  muitas fotografias e explicou todos os pormenores: preparação da viagem, locais de acolhimento, problemas com o trânsito, amizades, etc.
Aqui mostramos unicamente algumas dessas fotografias, enquanto o texto do percurso completo pode ser lido aqui.

sábado, 21 de agosto de 2010

Colocação do pronome átono: um exercício

 

Já sabem que esta parte da gramática é um bocado complicada para os alunos espanhóis. Se calhar, este exercício de colocação do pronome pessoal átono no Português Europeu pode ajudar. Caros alunos, façam-no com tranquilidade, pois não é difícil. Completá-lo-ão adequadamente com os apontamentos na mão.

Força!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Exercícios para saber mais de Portugal e da Lusofonia

 

Nestas duas últimas semanas de Agosto vamos colocar vários exercícios para iniciar a preparação quer dos exames de Setembro, quer do feliz regresso às aulas. E começamos com três exercícios "culturais"; o primeiro tem a ver com as belas, muito belas, seis pontes que há no Porto. Quando concluirmos as dez questões propostas, poderemos fazer o teste dos rios de Portugal e, por último, os nossos conhecimentos sobre a Lusofonia (isto é, o conjunto de estados que tem o português como língua oficial) serão aqui avaliados.

Passem bem e não deixem de visitar bab.la!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cabo Verde na Rádio Nacional de Espanha


O excelente programa Nómadas visitou no mês de Julho o arquipélago de Cabo Verde. Pode-se ouvir o programa completo (cerca de 55 minutos) aqui. Os jornalistas da RNE visitaram três ilhas, Boavista, Sal e Santiago (é pena não terem visitado Tarrafal). Há pequenos textos de Corsino Fortes e de Germano Almeida, além de músicas de Cesária Évora, Sara Tavares, Carmen Souza, Batuko Tabanka e Mayra Andrade.
Boa viagem (virtual)!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Nenhum Olhar, de José Luís Peixoto

 
"PENSO: TALVEZ O SOFRIMENTO SEJA LANÇADO às multidões em punhados e talvez o grosso caia em cima de uns e pouco ou nada em cima de outros." (p. 25)

"OS HOMENS SÃO UMA PEQUENA PARTE DO MUNDO, e eu não compreendo os homens. Sei o que fazem e as razões imediatas do que fazem, mas saber isso é saber o que está à vista, é não saber nada. Penso: talvez os homens sejam pedaços de caos sobre a desordem que encerram, e talvez seja isso que os explique.
Havia um sol dentro de um sol dentro de um sol no meu olhar,..." (p. 67)

José Luís Peixoto (Galveias, Ponte de Sor, Portalegre, 1974) é uma das mais importantes vozes no panorama literário português contemporâneo (de facto existe um prémio de poesia com o seu nome). Se gostaram do conto "O dia dos anos", inserido na Antologia do Conto Português (leitura do mês em Julho), sem dúvida vão gostar de ler mais um bocadinho deste autor. A escolha de leitura para este mês de Agosto é o seu romance Nenhum Olhar, livro que recebeu o Prémio José Saramago em 2001. "Um romance de homens e mulheres da terra, de anjos e de demónios do céu" segundo as palavras do próprio romancista. Nele, traça com mestria a realidade, os medos e as emoções das vidas rurais alentejanas através das suas personagens. Digamos que é fácil enquanto lemos um texto de Peixoto recriarmos na nossa mente lugares, cheiros, luzes, rostos, pelo seu domínio da linguagem, já que nos situa como leitores num cenário quase real e cheio de vida, onde às vezes acontece que o leitor se vê envolvido até tal ponto nas histórias que percebe as sensações das personagens como próprias.
Eduardo Prado Coelho disse de Peixoto que "bastam duas linhas, e entramos num continente novo, num lugar inédito do espaço literário". E José Mário Silva diz dele que o que "torna extraordinário é a sua capacidade de avançar por esta nebulosa de sentimentos e de angústias, evitando sempre cair em qualquer tipo de retórica emocional:"
Sublinharemos que a leitura não é fácil devido à mudança dos limites espácio-temporais, à mistura do imaginativo e do real, assim como às personagens que mudam sem prévio aviso. O fluxo de consciência que às vezes faz a leitura um bocado complicada para quem não estiver muito habituado à leitura, mas em Peixoto resulta mais leve pela sua prosa poética cheia de beleza.
Recomendo-vos Nenhum Olhar. Vale a pena deleitarmos com a leitura deste romance nas férias, pois é viver mais de uma vida, é viver mais de uma história, é um autêntico prazer. E acreditem que estamos a falar de uma literatura diferente.

Boa leitura para todos!

Inês Maria (2º de Nível Avançado)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Novo livro sobre Manoel de Oliveira


Não é a primera vez que se fala neste blogue do realizador Manoel de Oliveira (Porto, 1908) e agora o motivo é a recente publicação no Brasil dum livro que estuda a sua obra fílmica. A coerência do conjunto é conseguida pela organizadora (a professora Renata Soares Junqueira, da UNESP) ao criar cinco grandes apartados que clarificam a leitura: "Uma Poética para o Cinema", "Os Amores Frustrados", "Portugal e o Projeto Expansionista" "A Dialética do Bem e do Mal" e "Em Busca do Tempo Perdido". Ao todo são dezoito artigos, além da filmografia e da apresentação inicial, com cerca de trezentas páginas.
É, portanto, um livro para aqueles que procuram aprofundar na filmografia de Manoel de Oliveira e que, simultaneamente, celebram a força de um homem que começou  a realização de filmes (longas, médias e curtas-metragens, documentários e outras peças) em 1931 com a curta-metragem Douro, Faina Fluvial e que ainda hoje continua a sua labor artística.

Ficha do livro: Renata Soares Junqueira (organizadora), Manoel de Oliveira: Uma Presença. Estudos de Literatura e Cinema. São Paulo, Editorial Perspectiva, 2010.