quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano 2009!

Queremos deixar aqui os nossos melhores desejos para este ano 2009 que agora começa (também para aqueles, como os budistas, que moram no ano 2552, ou os hebreus, que estão em 5770, sem esquecer os musulmanos, que vivem agora em 1387, ou todas aquelas pessoas que seguem o calendário nacional índio, cujo ano actual é 1931 (segundo a era Saka; para a era Vikram estamos em 2066) ou os iranianos, que já vão pelo 1388. E que dizer do antigo calendário chinês, egípcio ou dos maias do Iucatão?

E agora estas árvores, que esperamos venham carregadas de paz e ilusão, já estejam em São Paulo (a primeira fotografia, no parque Ibirapuera), já em Lisboa (segunda fotografia, no parque Eduardo VII), no Rio de Janeiro ou algures em Angola, elegante esta última como poucas haverá.


Para todas as pessoas: feliz ano!
(se for possível, claro)

domingo, 28 de dezembro de 2008

De Madrid a Lisboa de comboio

O programa Historia de trenes de La 2 dedicou o passado 26 de Dezembro um programa de quase trinta minutos ao comboio que liga as duas capitais ibéricas, o velho conhecido "Lusitánia". Reportagem curiosa com algum lugar-comum (quase) inevitável. É aqui.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Felipe Massa, livros e UNICEF


Finalmente encontrei a minha bólide de F1 favorita: feita com livros!
Ouçam a campanha do UNICEF-Brasil aqui, cujo protagonista é o piloto Felipe Massa.

Chema DG

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Óscar Niemeyer: 101 anos

Hoje faz anos Óscar Niemeyer: 101. Quem alguma vez foi a Brasília, terá ficado fascinado com aquela belíssima cidade, tão humana e cheia de modernidade. E que dizer do Casino da Madeira (Funchal), surpreendente pela sua semelhança com a catedral da capital brasileira. Agora é só esperar a conclusão da sua última obra, em Avilés (Astúrias).
E quem quiser dar um passeio pela invulgar obra de Niemeyer, pode visitar a sua Fundação ou pesquisar na wikipédia.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Manoel de Oliveira: Cem anos

Parabéns, mestre! Manoel de Oliveira nasceu há cem anos no Porto (embora os documentos oficiais digam que nasceu a 12 de Dezembro). Apesar da idade, continua a trabalhar e a acrescentar a sua incrível biografia: desportista, actor no filme A Canção de Lisboa, empresário e realizador cinematográfico de complicado percurso, pois a primeira longa-metragem, Aniki-Bóbó, foi rodada em 1942 e a seguinte, O Acto da Primavera, é de 1963. Realizador que dá especial relevo à palavra, levou ao cinema obras de Castelo Branco, José Régio ou Agustina Bessa-Luís, embora às vezes tivesse a incompreensão do público.
Para quem quiser conhecer mais da sua fascinante obra, deixamos aqui estas referências bibliográficas:
- Fundação Serralves:
Manoel de Oliveira. Catálogo da exposição, Porto, 2008.
- Cinemateca Portuguesa:
Manoel de Oliveira. Cem anos, Lisboa, 2008.
- Randal Johnson:
Manoel de Oliveira, University of Illinois Press, Chicago, 2007.
- Folgar de la C.:
Manoel de Oliveira, Santiago de Compostela, Universidade, 2004.
- Júlia Buisel:
Manoel de Oliveira. Fotobiografia, Porto, Figueirinhas, 2003.
- De Baecque e Parsi:
Conversas com Manoel de Oliveira, Porto, Campo das L., 1999.
- Camões. Revista de Letras e Culturas Lusófonas, nº 12-13: Lisboa, IC, 2001.

Entre outras páginas, encontramos informação de Manoel de Oliviera no Instituto Camões ou na produtora Madragoa Filmes.


Agora é só esperar a estreia daquele que será o seu próximo filme,
Singularidades de uma Rapariga Loira, adaptação do conto de Eça de Queirós. A não perder!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Concurso "Tudo isto é Portugal"

Quinta entrega

Lugar

É impossível ir à cidade sem passar por mim, nem que seja num golpe de vista, já que com uma extensão de 58 km. e o maior arco ogival do mundo me imponho no horizonte de todos aqueles que por cá passam. Inicio numa zona limítrofe e tenho o meu término num dos bairros mais chiques para viver. Fui construído durante o reinado de D. João V, com a mesma função que tive até 1974, ano da minha desactivação. Arquitectos e engenheiros militares famosos como António Canevari, Silva Pais, Manuel de Maia e Custódio Vieira estão ligados ao meu projecto, e devem ter feiro um bom trabalho, pois resisti incólume à grande catástrofe do dia de Todos os Santos.
Sobre mim há um caminho público que esteve encerrado por causa dos crimes do Pancadas. Este homicida simulava suicídios desde o meu ponto mais alto, para assim poder roubar as suas vítimas sem deixar vestígios. No entanto, o que conseguiu foi ser o último decapitado da História de Portugal.

Pessoa

A mulher nasceu em Setembro do ano de 1965. A actriz desabrochou quando a rapariga decidiu abandonar as inquietudes filosóficas e potenciar o talento na Escola Superior de Teatro e Cinema do Conservatório Nacional. Há já 22 anos que a prova final nesta instituição educativa lhe deu o epíteto de "o último génio do teatro português". Embora tenha sido o palco a dar-lhe a aprovação de colegas e críticos - ganhou com o papel de Maria no clássico Frei Luís de Sousa (o seu segundo trabalho) o Prémio de Actriz Revelação da APCT- foi a televisão que a lançou para o estrelato. Todos lembramos com saudade as personagens na Rua Sésamo, no Ícaro, as professoras de Os Melhores Anos e Riscos, respectivamente. Mas são as más viscerais e por todos odiadas que nos trazem as melhores recordações: a Isabel, A Luíza Albuquerque e, mais recentemente, a Margarida Miranda Ventura.
Na sétima arte trabalhou com João Botelho, Teresa Villaverde, João Canijo, John Malkovich, mas foi no Delfim de Fernando Lopes que a vimos em toda a excelência. Foi também apresentadora de tv, contudo os que a admiramos preferimos o magnetismo da actriz à sensualidade da mulher, e apenas esta foi explorada nos trabalhos não ficcionais.
Desde 1997, e Fernando Krapp escreveu-me uma carta, que não nos presenteia com um trabalho teatral e ainda que possamos ver em todo o seu esplendor em séries, filmes e telenovelas, sentimos-lhe a falta no habitat natural.
Tal não é o seu êxito junto do público que foi a primeira personalidade portuguesa a ter direito a um documentário no Biography Channel.

Deolinda no CAEP

Finalmente eles vieram a Portalegre e foi tudo o que se esperava. Minto, ... foi muito melhor. As músicas que sei de cor ganham outra dimensão ao vivo. Com a guitarra do Luís, o contrabaixo do Zé Pedro e a voz da Ana, as canções do Pedro têm mais cor, têm a força suficiente para fazer render um público difícil que eu nem sei se sabia o que ia ouvir. O meu bilhete andava na carteira desde o fim de Setembro e tinha medo que expectativas demasiado altas me quebrassem a magia. Felizmente não aconteceu.


Recomendo a todos os que gostam de boa música que um dia destes vão ver a Deolinda, o projecto é diferente, mas a qualidade está lá, e quando algo é verdadeiramente bom vale sempre a pena acompanhar. E deixaram-nos uma sorpresinha!

Susana

Concurso de Contos da APLEPES

A Asociación de Profesores de Lengua Portuguesa en España promove o 1º Concurso Literário de Contos APLEPES para estudantes de Português de EEOOII. O regulamento está aqui. Participem!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O que quer dizer?

Na última das minhas rotineiras viagens de fim-de-semana até casa pus no carro um antigo cd de uma das minhas cantoras brasileiras favoritas: a roqueira com voz de bossa-nova. Diz ela, a determinada altura, numa canção sobre o cinema:
Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck
O que acham deste verso em que aparentemente apenas se sucedem os nomes de dois actores americanos? O que quererá ela dizer? :)
Nota: Porque mesmo quando não se está em condições para viajar, o dever se impõe.

sábado, 6 de dezembro de 2008

A Orquestra do Algarve em Plasencia

Orquestra do AlgarveOntem, 5 de Dezembro, estive no concerto que deu a Orquestra do Algarve (dirigida por Cesário Costa) no Teatro Alkázar de Plasencia. Como não sei de música não farei uma crítica do concerto, embora possa dizer que ouvir "Aver-o-Mar" do mirandelense Eurico Carrapatoso e "Las cuatro estaciones porteñas" de Astor Piazzola resultou uma delícia; ainda por cima, foi a primeira vez que ouvi uma obra de Carrapatoso ao vivo e também a primeira que eu via um solista de bandónio -Gonçalo Pescada- com uma orquestra clássica.
Claro que a segunda parte, com a "Sinfonia nº 5" de Schubert, também não esteve mal, nem aqueles dois pedacinhos de Sibelius fora de programa. Só que ouvir música contemporânea (e portuguesa!) em Plasencia e em Dezembro (quando tudo é "Jingle Bells") quase parece um milagre.
Unicamente direi que foi pena que houvesse lugares vazios, se calhar, de mais.

Chema DG

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

"Rayanos", de Canal Extremadura

Canal Extremadura, a televisão pública da Estremadura espanhola dedicou a noite do dia 3 de Dezembro a mostrar as relações luso-estremenhas: primeiro, com uma interessante reportagem do programa Esfera, intitulada "Rayanos. Gente sin fronteras": por aí passaram, por exemplo, barranquenhos e elvenses, a maternidade de Badajoz e famílias de La Codosera, músicos e antigos contrabandistas, Olivença e La Fontañera. A não perder.
Quando acabou Esfera, começou o debate em Ecos, cujo título foi "Portugal y Extremadura: una cuestión de lazos" e que incluiu uma homenagem a Ángel Campos Pámpano. Se calhar, posso fazer um resumo rápido deste programa: agora é a vez do ensino do português no ensino secundário.

Chema DG

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Exercício de Aula

Hoje, na aula do 1º ano do Nível Avançado, dedicámo-nos à escrita criativa.

A Carmela, directora da EOI, deu-me a seguinte ideia: para praticar fonética, devia pedir aos alunos que fizessem frases baseadas em determinados sons da língua portuguesa.
Decidi propor o exercício, ainda que tivéssemos usado nuns casos letras e noutros sons. Vou mostrar-vos o resultado e, já agora, pedir aos alunos do 2º ano do Nível Básico que acrescentem aqui as frases resultantes do mesmo exercício que fizemos ontem, mas do qual não guardei registos.

M - Uma mãe mandou-me uma moeda amarela com manchas muito marcadas numa metade, mandou-me também uma mala muito moderna, manufacturada com madeira misturada com materiais metálicos importados, dum renomeado modista milanês muito premiado mundialmente com medalhas milionárias.

S - Sílvia Sousa Soares saiu depressa serpenteando silenciosamente sem saber se os seus sete amados filhos sabiam subir as colinas mais altas sem cuidadosa supervisão dos adultos responsáveis. Sempre quis pensar se seria possível ensinar-lhes, sendo eles pequenos, as coisas importantes sem se esquecer das outras mais interessantes, mas menos sérias.

/u/ - O seu marido escreveu um extraordinário livro muito lido no último século, intitulado Os marsupiais marinhos no meio aquático atlântico e índico pescados pelos marinheiros portugueses no século dezoito, baseado no diário do seu tio Nuno, estudioso biólogo marinho originário do Porto, morto num dos cinco oceanos numa expedição rumo ao Pólo Norte, subvencionada pelo governo extremenho, ao capturar os únicos marsupiais vivos no seu tempo.

/k/ - Quando queiram comer coisas quentes... (por acabar)
Susana

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Artigo de 'El Periódico Extremadura'

Excelente artigo, como quase sempre, de Javier Figueiredo no jornal El Periódico Extremadura.

Chema DG.