sábado, 30 de janeiro de 2010

O português não é uma língua exótica (cap. I)

Na nossa região, Extremadura, aprender português não é, felizmente, uma facto exótico. Já não resulta tão difícil entrar numa livraria de uma cidade extremenha e encontrar algum livro de aprendizagem de português ou um dicionário bilingue. Assim, e segundo os dados fornecidos pelo GIT, este ano há 1.744 alunos de português nas nove Escuelas Oficiales de Idiomas da região (número que aumentará com os alunos livres); tenha-se em conta que em 2006-07 eram 1.375 os alunos, pelo que houve nestes três anos um aumento de 363 alunos. E mais um dado: hoje, nas nove EEOOII da Extremadura há cerca de 21 professores quando há dez anos havia 2 (em Badajoz). Vejamos, em pormenor, o número de alunos de cada EOI:

              Almendralejo:                      122
              Badajoz:                                 569
              Cáceres:                                 273
              Mérida:                                  207
              Montijo:                                122
              Navalmoral de la Mata:    77
              Plasencia:                             145
              Vva. de la Serena-D.B.:    116
              Zafra:                                     113

                        Extremadura:  1.744

E não estamos sozinhos. Além das 9 extremenhas, há mais 19 Escolas Oficiais de Idiomas em Espanha com ensino de língua portuguesa: Andaluzia (Aiamonte e Málaga), Cantábria (Santander), Castela  e Leão (Leão, Salamanca, Ponferrada, Valhadolid, Zamora), Catalunha (Barcelona-Drassanes), Galícia (Corunha, Ferrol, Ourense, Pontevedra, Vigo), Madrid (Madrid-Jesús Maestro), Valência (Alicante, Castellón, Valência) e País Basco (Bilbau).
Por isso, julgo que aprender português está a deixar de ser uma questão de ousadia (ou mesmo uma raridade)  e começa a formar parte do quotidiano. Oxalá continuemos assim.

Chema DG

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Curso Monográfico: Descobrir Portugal em bom português

El próximo jueves, 28 de enero concluye el plazo para inscribirse en el Curso Monográfico Descobrir Portugal em bom português (Nivel A1+).

Número máximo de alumnos: 20
Lugar: Escuela Oficial de Idiomas (aula 11). C/ Antonio Concha, s/n. Navalmoral de la Mata
Horario: Martes y jueves, de 17.30 a 19:15 horas
Inicio de las clases: 2 de febrero
Último día de clases: 27 de mayo
Número de horas totales: 60 horas
Profesor: José María Durán Gómez
Curso reconocido por el CPR de Navalmoral de la Mata; por lo tanto, es gratuito para los profesores de Primaria y Secundaria.


Se puede consultar cualquier información adicional en la Secretaría de la Escuela

domingo, 24 de janeiro de 2010

Novo professor

A Sra. Dra. Esther Martín Vázquez infelizmente continua doente; por isso, chegou ao Departamento um novo professor.
Bem-vindo, sotor Jorge Costa Cansado!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Começam as aulas para Básico e Intermédio

Niveles Básico e Intermedio: comienzan las aulas.

Así, mañana, jueves, empezarán 2º de Nivel Básico y 2º de Nivel Intermedio, y el viernes 1º de Básico y 1º de Intermedio.

Pedimos disculpas por el retraso habido, ajeno, obviamente, a la voluntad de este Departamento.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Quem conhece blog(ue)s de São Tomé e Príncipe?

 STP
Este pequeno estado africano é formado por duas ilhas habitadas na linha do Equador. Pouco sei deste país da CPLP, com cerca de 160.000 habitantes, mas há informação na wikipédia ou nas inevitáveis páginas oficiais (que podem melhorar muito, muitíssimo) ou de turismo.
A informação diária encontra-se em páginas como Canal Santola, Téla Nón ou no Jornal de São Tomé.
E blogues? Há blogues são-tomenses actualizados? Há bons blogues como há, por exemplo, em Cabo Verde (veja-se Café Margoso)?
Nota: a imagem superior é deste blogue.

Chema DG

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Torga connosco



Miguel Torga


Ontem, dezassete de Janeiro de 2010, há quinze anos da morte de Miguel Torga. Adolfo Correia da Rocha, escritor poeta e novelista português, Premio Camões 1989, faleceu neste dia em 1995.
Embora tenhamos neste blogue um magnífico artigo que fala longamente dele, gostava desta pequena homenagem, pois podemos ter a certeza de que aquelas pessoas que amamos e admiramos nunca vão morrer definitivamente enquanto nos lembremos delas. Gosto é da simplicidade do seu túmulo partilhado com a mulher, Andrée Crabbé, no pequeno cemitério de São Martinho de Anta, aldeia que fica em Trás-os-Montes, e onde nasceu. Ali ouve-se o silêncio e percebe-se o seu espírito.
Miguel: agradecimentos pela obra. É um imenso prazer ficar entre nós!

Retrato (Coimbra,11 de Março de 1952)

O meu perfil é duro como o perfil do mundo.
Quem adivinha nele a graça da poesia?
Pedra talhada a pico e sofrimento,
É um muro hostil a volta de pomar.
Lá dentro há frutos, há frescura, há quanto
Faz um poema doce e desejado;
Mas quem passa na rua
Nem sequer sonha que do outro lado
A paisagem da vida continua.


Até breve.....

Inês M. (2NA)

Mais um exemplo de relações ibéricas

artigo El Periódico
Curioso artigo publicado na última página de El Periódico Extremadura: de trabalhador da construção civil a castanheiro, de Portugal a Extremadura. Não é Navalmoral, mas Plasencia é perto.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Lisboa, Oliva de la Frontera e Barrancos na televisão

Dois programas de televisão, Españoles en el mundo (da TVE, 12 de Janeiro), que visita Lisboa,  e 2 en Raia (da Canal Extremadura Televisión, 9 de Janeiro), que viaja por Oliva de la Frontera e Barrancos.
É casualidade que as duas emissoras de televisão sejam públicas? A não perder.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Faltam professores de espanhol no Brasil

Veja-se o que diz a notícia de ontem do Estadão.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O Princípio da Incerteza, de Manoel de Oliveira

O Princípio da Incerteza
O Princípio da Incerteza é um filme realizado por Manoel de Oliveira. Está baseado no romance O Princípio da Incerteza - Jóia de família, de Agustina Bessa-Luís.
Acho que é um filme realizado com muita sabedoria. Parece uma crítica da cultura portuguesa e, em consequência, à vida europeia e às relações humanas; a vida que só busca o prazer e a comodidade, afastada de uma felicidade fruto do amor verdadeiro. Quando acabei de vê-lo fiquei um tanto ou quanto desconcertado. Não compreendi muito bem o argumento e tive que vê-lo uma segunda vez porque o argumento é complexo: António e José são dois amigos que partilham tudo desde a sua infância. Eles vivem numa aldeia perto do Porto. António é um rapaz rico e de boa família. Pelo contrário, José é filho de Celsa, a governanta da casa de António. Quando são adultos, António casa-se com Camila. Ela casa-se com António somente para melhorar a má situação económica da família. Porém, por quem sempre estivera ela apaixonada era José. Além disso, António tem Vanessa como amante, que é parceira de José em um negócio nada claro e é uma mulher de maus costumes, segundo os cânones sociais. Vanessa forma parte da vida de António até o corromper. As coisas terminam mal para as vidas de António, Camila, José e Vanessa. António morre entre as chamas numa discoteca. José termina em prisão. Vanessa vai para Espanha e Camila é investigada pela polícia.
Este filme pertence ao género do drama. É chamativo a ambientação da cultura portuguesa. De entre os principais elementos costumbristas podem-se destacar os ritos de casamento e funerais, as reuniões gastronómicas ou as diferentes salas de reunião nas casas das personagens. No filme joga um papel alegórico tanto o rio Douro quanto o comboio como símbolos de uma vida que se vai.
No plano da técnica chama a atenção o abundante número de planos fixos. A música pausada ao longo do filme tem uma grande importância. Mostra a angustia existencial das personagens e da sociedade. Está em concordância com o ritmo lento do filme.
Em conclusão, este filme mostra como as pessoas não sabemos nada e estamos confusos. A vida é um mistério e nela há incerteza, onde nada é o que parece.

Luis Carlos Izquierdo (1º de Nível Avançado)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A esplanada



A primeira imagem do livro Vamos contar histórias é "A esplanada". Duas alunas do Curso Monográfico (40 horas de português, aproximadamente), fizeram estes dois excelentes trabalhos:

Acabei de chegar à cidade. Eu saio com minha câmera. Eu vejo uma grande avenida. Vejo um carro de esporte que viaja na estrada. Eu vejo no fundo umas cúpulas de um grande edifício. Na esplanada de um café há pessoas sentadas muito felizes. Alguns falam e riem, outros olham em silêncio. Pensei ir andando e tirar fotos... Mas agora eu prefiro sentar-me na esplanada e olhar, falar ou rir. Vou beber um chá.

(Isabel Hermosell)


Há um restaurante com grandes janelas. Há cinco mesas cheias de pessoas, tomando café e falando e a escrever uma carta. A igreja está longe. Há árvores e dois candeeiros altos. Há um autocarro que vai muito depressa. O desportivo vermelho é o sonho do meu filho.


(Rosario Blázquez)

Obrigado por partilhar connosco os vossos trabalhos!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Para os alunos de Básico e Intermédio

Nesta semana (11-15 de Janeiro) não haverá aulas, dado que a professora está doente. Na próxima sexta-feira, dar-se-ão mais informações. Pedem-se desculpas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Novo exercício: substantivos colectivos de animais

Sabem qual é o nome de um grupo de abelhas? E as vacas e as suas amiguinhas quando estão no campo a comer erva? E muitos lobos (como aquele do Capuchinho Vermelho) a correr pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês?
Pois é, estamos a falar de substantivos colectivos (isto é, substantivos que, no singular, designam um conjunto de seres da mesma espécie, Cunha e Cintra, dixit) e começamos o ano com este exercício.
Bom trabalho!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Novo poema: Língua dos versos, de E. de Andrade

Eugénio de Andrade

Começamos o ano com um poema de Eugénio de Andrade. Haverá melhores formas para dar os primeiros passos neste 2010, mas esta não é, de maneira nenhuma, má.
E para continuarem, caros leitores, com este magnífico poeta beirão, podem visitar a sua Fundação. Boa viagem!

A nossa edição do poema: Eugénio de Andrade, Próximo al decir, 
Salamanca, Amarú ediciones, 1993. Tradução: José Luis Puerto.