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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Malabarinto é música brasileira
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Tamanduá, por F. Terni e C. Röhrig
Entre os galhos retorcidos
do nosso grande cerrado,
mora um bicho bem antigo,
com um focinho espichado.
Tamanduá é desdentado,
por isso não precisa
correr para o dentista.
Mas bem que deveria
marcar hora no oculista.
Quase cego e meio surdo,
seu modo de andar
parece um tanto absurdo.
Balança de um jeito engraçado,
pende sempre para um lado,
todo desengonçado.
Pra fincar no cupinzeiro
tem três garras
que ficam na palma da mão;
só lhe resta o outro lado
pra se apoiar no chão.
Caminhar não é a dele.
Seu negócio é nadar.
Sorte do tamanduá,
que pode se refrescar.
Sua língua muito comprida,
também é bem grudenta.
Coitado do cupim
que naquela língua senta.
E ai de quem deixar
um tamanduá chateado:
quando morde a mão da gente,
não solta, esse desdentado!
do nosso grande cerrado,
mora um bicho bem antigo,
com um focinho espichado.
Tamanduá é desdentado,
por isso não precisa
correr para o dentista.
Mas bem que deveria
marcar hora no oculista.
Quase cego e meio surdo,
seu modo de andar
parece um tanto absurdo.
Balança de um jeito engraçado,
pende sempre para um lado,
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todo desengonçado.
Pra fincar no cupinzeiro
tem três garras
que ficam na palma da mão;
só lhe resta o outro lado
pra se apoiar no chão.
Caminhar não é a dele.
Seu negócio é nadar.
Sorte do tamanduá,
que pode se refrescar.
Sua língua muito comprida,
também é bem grudenta.
Coitado do cupim
que naquela língua senta.
E ai de quem deixar
um tamanduá chateado:
quando morde a mão da gente,
não solta, esse desdentado!
Do livro (excelente, muito belo, diga-se) Bicharada em Perigo, cuja autora é Fábia Terni. Nas ilustrações participam uma dúzia de artistas; no caso do tamaduá os desenhos são realizados por Christine Röhrig. Este livro infanto-juvenil (grande sorte a dos miúdos!) é editado pela Editorial Girafinha, de São Paulo. Se alguém gostou do poema, podia deixar um comentário?
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Manga Ancha. Revista de Literatura
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Baba de Camelo
Ingredientes:
1 lata de leite condensado
5 ovos
nozes picadas
5 ovos
nozes picadas
Preparação:
Coze-se o leite condensado na panela de pressão durante mais ou menos 50 minutos. Entretanto, separam-se as gemas e as claras dos ovos. Batem-se as claras em castelo e reservam-se.
Quando o leite condensado já está cozido juntam-se-lhe as gemas dos ovos, convém que o leite esteja quente para que as gemas cozam enquanto se faz a mistura. Depois incorporam-se as claras em castelo, envolvendo para que não quebrem.
Ao servir pode decorar-se o doce polvilhando-o com frutos secos picados.
Quando o leite condensado já está cozido juntam-se-lhe as gemas dos ovos, convém que o leite esteja quente para que as gemas cozam enquanto se faz a mistura. Depois incorporam-se as claras em castelo, envolvendo para que não quebrem.
Ao servir pode decorar-se o doce polvilhando-o com frutos secos picados.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Bem-vindos ao Carnaval de Navalmoral!
O Carnaval já está aqui! É por isso que se alguém logo te convida para vires nestes dias a Navalmoral, aceita o convite e não duvides de que será a melhor escolha. Não poderás esquecer o Carnaval de
sta vila, porque é uma festa popular, do povo para o povo, e vistas o traje que vestires, sentir-te-ás um rei ou uma rainha por uma noite. Este é um Carnaval com muita tradição e cada dia está mai
s vivo, mas precisa da tua imaginação para crescer. Encontrarás divertimento, variedade de actividades, festa até ao amanhecer, gente amigável por toda a parte, desfiles cheios de cor, risos, animação, etc. Se não dispões de um disfarce, não haverá problema, qualquer pessoa pode ajudar-te no que precisares e como a letra da canção popular diz: "Estes Carnavalitos são para nós e os do ano que vêm..."
Benito e Violeta (1º Nível Intermédio)
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Benito e Violeta (1º Nível Intermédio)
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Miguel Torga
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Ficha
Poeta, sim, poeta...
Poeta, sim, poeta...
É o meu nome.
Um nome de batismo
Sem padrinhos...
O nome do meu próprio nascimento...
O nome que ouvi sempre nos caminhos
Por onde me levava o sofrimento...
Poeta, sem mais nada.
Poeta, sem mais nada.
Sem nenhum apelido.
Um nome temerário,
Que enfrenta, solitário,
A solidão.
Uma estranha mistura
De praga e de gemido à mesma altura.
O eco de uma surda vibração.
Poeta, como santo, ou assassino, ou rei.
Poeta, como santo, ou assassino, ou rei.
Condição,
Profissão,
Identidade,
Numa palavra só, velha e sagrada,
Pela mão do destino, sem piedade,
Na minha própria carne tatuada.
[de Câmara Ardente, 1962]
Tenho amigos em Portugal que o acham o melhor escritor português. Isso, no país de Pessoa, Camões ou Eça não é qualquer coisa. Eu não descobri até a última viagem a Portugal, em Novembro no ano passado. No domingo apanhei “Bichos” e o seu romance mais importante, “A Criação do Mundo”. O cão Nero, o gato Mago, o sapo Bambo, o famoso Miura, mas também Madalena, Ramiro e o Senhor Nicolau, quase outra metamorfose. Animais humanos e humanos animalizados. Se ainda não leram, apanhem-no.
Chamava-se Adolfo Correia Santos, escolheu o pseudônimo pelos dois Miguel que admirava –Cervantes e Unamuno- e pela forte planta brava de montahna, típica da paisagem da sua terra e os seus mundos literários de Trás-os-Montes. Teve uma vida dura, como os seus personagens: em 1917, aos dez anos, marchou para Porto e fez todo tipo de tarefas numa casa de parentes da sua família. Foi despedido num ano pela sua insubmissão e atendeu dois anos ao Seminário, muito importante na sua formação. Emigrou para Brasil em 1919, com doze anos para trabalhar na fazenda do tio, na cultura do café. O tio recompensou os seus cinco anos de serviço pagando os seus estudos de Medicina em Coimbra, onde começa também a sua atividade literária.
A sua insubmissão levou-o a romper com publicações literárias, e a criticar a praxe e tradições acadêmicas, e também a ditadura de Salazar (e de Franco, na Criação do Mundo). O resultado foi a expulsão da sua mulher, a belga Adrée Crabbé, da universidade, onde ensinava francês. Ao chegar a República, solo e orgulhoso, também declinou as ofertas e homenagens.
Acreditava numa identidade ibérica –há duas antologias de Poemas Ibéricos-, não numa união, mas em Portugal e Espanha com uma identidade forte dentro de Europa. Teve uma grande presença em Espanha e a sua morte em 1995 teve um importante impacto.
Até então foi o eterno candidato português ao Nobel, que sem dúvida merecia. Recebeu o Prémio Camões em 1989.
É um prazer ler a Torga pelo seu uso particular da língua. Um dos meus colegas –e, ainda, amigo- diz que não gosta de um livro se o autor não lhe obriga a apanhar o dicionário. Torga é um destes, sem dúvida nenhuma.
Li “Bichos” em Dezembro, e agora estou com “A Criação do Mundo”. Ofereceram-me “Portugal” e recomendaram-me os “Diários”. Também li uma antologia pequenina bilíngüe da sua poesia: “La Única Paz Posible es no Tener Ninguna”. O homem que escreveu esta frase é mais do que um autor do que gostas.
É um prazer quase maior ouvi-lo (.http://www.youtube.com/watch?v=28b3aLAdHFU). Este blog é outra coisa com a voz e a enorme presença de Torga, que começa a falar da sua homenagem á mulher de Trás-os-montes e termina a falar da sua missão como escritor.
Enrique, 2ºNA.
Links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Torga
http://www.elmundo.es/papel/hemeroteca/1995/01/18/cultura/23530.html
[de Câmara Ardente, 1962]
Tenho amigos em Portugal que o acham o melhor escritor português. Isso, no país de Pessoa, Camões ou Eça não é qualquer coisa. Eu não descobri até a última viagem a Portugal, em Novembro no ano passado. No domingo apanhei “Bichos” e o seu romance mais importante, “A Criação do Mundo”. O cão Nero, o gato Mago, o sapo Bambo, o famoso Miura, mas também Madalena, Ramiro e o Senhor Nicolau, quase outra metamorfose. Animais humanos e humanos animalizados. Se ainda não leram, apanhem-no.
Chamava-se Adolfo Correia Santos, escolheu o pseudônimo pelos dois Miguel que admirava –Cervantes e Unamuno- e pela forte planta brava de montahna, típica da paisagem da sua terra e os seus mundos literários de Trás-os-Montes. Teve uma vida dura, como os seus personagens: em 1917, aos dez anos, marchou para Porto e fez todo tipo de tarefas numa casa de parentes da sua família. Foi despedido num ano pela sua insubmissão e atendeu dois anos ao Seminário, muito importante na sua formação. Emigrou para Brasil em 1919, com doze anos para trabalhar na fazenda do tio, na cultura do café. O tio recompensou os seus cinco anos de serviço pagando os seus estudos de Medicina em Coimbra, onde começa também a sua atividade literária.
A sua insubmissão levou-o a romper com publicações literárias, e a criticar a praxe e tradições acadêmicas, e também a ditadura de Salazar (e de Franco, na Criação do Mundo). O resultado foi a expulsão da sua mulher, a belga Adrée Crabbé, da universidade, onde ensinava francês. Ao chegar a República, solo e orgulhoso, também declinou as ofertas e homenagens.
Acreditava numa identidade ibérica –há duas antologias de Poemas Ibéricos-, não numa união, mas em Portugal e Espanha com uma identidade forte dentro de Europa. Teve uma grande presença em Espanha e a sua morte em 1995 teve um importante impacto.
Até então foi o eterno candidato português ao Nobel, que sem dúvida merecia. Recebeu o Prémio Camões em 1989.
É um prazer ler a Torga pelo seu uso particular da língua. Um dos meus colegas –e, ainda, amigo- diz que não gosta de um livro se o autor não lhe obriga a apanhar o dicionário. Torga é um destes, sem dúvida nenhuma.
Li “Bichos” em Dezembro, e agora estou com “A Criação do Mundo”. Ofereceram-me “Portugal” e recomendaram-me os “Diários”. Também li uma antologia pequenina bilíngüe da sua poesia: “La Única Paz Posible es no Tener Ninguna”. O homem que escreveu esta frase é mais do que um autor do que gostas.
É um prazer quase maior ouvi-lo (.http://www.youtube.com/watch?v=28b3aLAdHFU). Este blog é outra coisa com a voz e a enorme presença de Torga, que começa a falar da sua homenagem á mulher de Trás-os-montes e termina a falar da sua missão como escritor.
Enrique, 2ºNA.
Links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Torga
http://www.elmundo.es/papel/hemeroteca/1995/01/18/cultura/23530.html
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Aos alunos de 1º ano, nível básico!!!
Para os que não têm podido vir às aulas e para que os que têm vindo não se esqueçam:
Susana
Há teste no dia 2 de Março!
Susana
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Portalegre Jazzfest 2009
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De 20 a 28 de Fevereiro, tem lugar em Portalegre o 7º Festival de Jazz. Vale sempre a pena assistir a espectáculos com tanta qualidade e aos quais nem sempre temos acesso.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Rio de Janeiro em Nómadas (RNE)
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sábado, 7 de fevereiro de 2009
II Certame Literário Hispano-Luso Infantil e Juvenil (Villanueva del Fresno)
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Não é este o único certame, pois existe também um Certame Literário José Antonio de Saravia, que já atinge a décima edição.
Curiosa a vida deste vilanovense, que nascido nesta pequena localidade em 1785, morreu na Ucrânia, em 1876, depois de alcançar o grau de general do exército do czar da Rússia.terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
A brincar com a língua
Agora que acabou o Curso Monográfico Português para Viajar, eis dois pequenos exercícios, feitos por alunos:
O Tó fez umas obras fáceis, baratas, bastante criativas, divertidas, enormemente inteligentes, efectivamente hospitaleiras, espectaculares!
(Rafa, Isabel e Maribel)
O Zé tem dois gatos pretos, felizes, formosos, saudáveis, carinhosos, insaciáveis, trapalheiros, incrivelmente desedificantes, complicadamente incompreensíveis, desmancha-prazeres, desvergonhadamente desagradecidíssimos.
(Valentín, Rubén e Laura)
Qual é a característica destes textos? Fácil: a primeira palavra tem uma letra, a segunda duas, a terceira três, etc. Agora esperamos os vossos textos: participem! escrevam! Caso gostarem destas brincadeirinhas, podem visitar Verbalia, uma página com jogos em catalão, italiano e espanhol.
(Rafa, Isabel e Maribel)
O Zé tem dois gatos pretos, felizes, formosos, saudáveis, carinhosos, insaciáveis, trapalheiros, incrivelmente desedificantes, complicadamente incompreensíveis, desmancha-prazeres, desvergonhadamente desagradecidíssimos.
(Valentín, Rubén e Laura)
Qual é a característica destes textos? Fácil: a primeira palavra tem uma letra, a segunda duas, a terceira três, etc. Agora esperamos os vossos textos: participem! escrevam! Caso gostarem destas brincadeirinhas, podem visitar Verbalia, uma página com jogos em catalão, italiano e espanhol.
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