do nosso grande cerrado,
mora um bicho bem antigo,
com um focinho espichado.
Tamanduá é desdentado,
por isso não precisa
correr para o dentista.
Mas bem que deveria
marcar hora no oculista.
Quase cego e meio surdo,
seu modo de andar
parece um tanto absurdo.
Balança de um jeito engraçado,
pende sempre para um lado,

todo desengonçado.
Pra fincar no cupinzeiro
tem três garras
que ficam na palma da mão;
só lhe resta o outro lado
pra se apoiar no chão.
Caminhar não é a dele.
Seu negócio é nadar.
Sorte do tamanduá,
que pode se refrescar.
Sua língua muito comprida,
também é bem grudenta.
Coitado do cupim
que naquela língua senta.
E ai de quem deixar
um tamanduá chateado:
quando morde a mão da gente,
não solta, esse desdentado!
Do livro (excelente, muito belo, diga-se) Bicharada em Perigo, cuja autora é Fábia Terni. Nas ilustrações participam uma dúzia de artistas; no caso do tamaduá os desenhos são realizados por Christine Röhrig. Este livro infanto-juvenil (grande sorte a dos miúdos!) é editado pela Editorial Girafinha, de São Paulo. Se alguém gostou do poema, podia deixar um comentário?
3 comentários:
Sem dúvida nenhuma : a melhor descrição do meu chefe .
Eu gostei. :)
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