quinta-feira, 18 de março de 2010

Comentários (1) ao filme Pigeon: Impossible



Comentários realizados por dois alunos de 2º de Nível Avançado (Inês Maria e Roberto):

Pigeon: Impossible é uma curta-metragem muito curiosa, e não só curiosa, mas também entretida, já que em apeas seis minutos oferece uma história que, sem dúvida nenhuma, dá para falar.
Um agente secreto e uma pomba são os protagonistas. De manhã, o agente está a comer um donut sentado num banco na rua, e perto dele uma pomba está a olhar para o doce. Por acaso, a pomba num salto fica aprisionada na pasta do agente, e é nesta altura da história que começa a acção. A mala não é uma mala vulgar, mas um computador que pode voar, disparar e até lançar um foguete espacial dos EUA, que está oculto no obelisco de Washington. O agente consegue explodir o foguete no ar e vitar o pior.
Além da argumentação temos de considerar que esta curta-metragem nos serve para reflectir, já que a priori ninguém pode imaginar que factos tão quotidianos, nos quais às vezes nem sequer reparamos, possam implicar um risco tão alto e um perigo tão sério numa cidade normal. Faz-me pensar na fragilidade que existe ao nosso redor.
No que respeita ao trabalho de Lucas Martel, considero que é óptimo, quer seja pelos desenhos, que são magníficos, quer pela originalidade do conteúdo. A verdade é que o resultado é admirável, sem esquecermos da música, que na minha opinião é adequada para manter a emoção.
Dizer que Martel contou para o projecto com uma equipa de quase cem pessoas, o que julgo tem muito a ver com a qualidade deste trabalho, pois é evidente que não foi feito de qualquer maneira. E acrescentemos que em apenas um mês foi visto na Net por mais de dois milhões de pessoas, podendo considerar, portanto, que tem sido um verdadeiro sucesso.
Como última reflexão acerca do autêntico significado que julgo quer transmitir, apontaremos que se trata de uma crítica que nos faz pensar na "Guerra Fria" dos anos cinquenta (felizmente acabou em 1989). Uma crítica, na minha opinião, forte e actual, pois apresenta um jogo perigoso entre uma arma muito sofisticada e o próprio símbolo da paz. Mistura elementos de forma solapada e inteligente com o poder, a violência, o medo, as armas, a sorte, a calma, a paz, os quais, ao fim penduram dum fio muito fino que teríamos de vigiar. Talvez não reparemos na sua importância, mas a tranquilidade às vezes é só aparência e uma enganosa ilusão. A ousadia da pomba (paz) ter jogado com a pasta (guerra) custou-lhe a própria vida. Temos de manter os olhos muito abertos e valorizar no sentido mais amplo a palavra paz no nosso dia-a-dia.

Aparece na cena um homem, Walter Beckett, com um fato preto e que está a caminhar muito depressa, a cruzar a estrada entre os carros que estão lá a passar. Finalmente, cruza a estrada sem ter sido atropelado por viatura nenhuma e chega ao outro lado da rua. Ali, um homem entrega-lhe uma mala muito suspeitosa, e vai-se embora.
Walter põe a mala num banco da rua e tira um doce para o comer; nessa altura chega uma pomba e Walter com muita amabilidade dá-lhé um pedaço do doce, mas a pomba não quer um bocado, quer o doce todo: Então, a pomba ataca-o e Walter bate-a com a mão e o animal vai cair, com muito azar, na mala de Walter, a qual se fecha com a pombra dentro.
O facto de a pomba cair na mala, inquieta o homem porque ele sabe o que há ali, já que não é uma mala normal, pois a mesma contém, entre outras muitas coisas, um botão vermelho para detonar um míssil. Nisto, a pomba começa a espicaçar os botões todos e a mala começa a voar e a disparar raios laser de cor-de-rosa à toa, até que Walter consegue detê-la e tirar a ave fora da mala. Por causa de eles lutarem, o bolo foi parar ao botão vermelho e o projéctil disparou-se a caminho de Moscovo. Com o fim de evitar outra "Guerra Fria", Walter apanha a mala e sai voando atrás do projéctil.
No entanto, quando ele vai tentar deter o míssil, o pássaro interpõe-se no seu caminho, ainda à procura do bolo; então, ele atira o bolo ao ar e a pomba vai depressa apanhá-lo.
Contudo, a missão do Walter era deter o projéctil; para isso ele, com a ajuda da sua mala, conseguiu lançar um grande disparo e desse modo explodir o míssil. Uma vez conseguido deter o míssil, Walter foi descido pela mala do mesmo modo como foi subido anteriormente e aterrou na rua como se nada tivesse acontecido.
Foi a pomba quem teve azar nesta história: por causa de o projéctil explodir, ela morreu esmagada pelos restos do aparelho.

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