Se o poema do mês passado foi uma cantiga de Bernardim Ribeiro (um bocado pessimista, é verdade), para o mês de Junho trazemos a estas páginas uma composição de Ferreira Gullar, o brasileiro (São Luís de Maranhão, 10-IX-1930) que vai receber o Prémio Camões de 2010. Dêem uma voltina pelas páginas dedicadas a este escritor, nomeadamente a página oficial, o blogue Mundo de K, a wikipédia ou a notícia no jornal lisboeta Público.
(A imagem é de Fernandes: http://pierifernandes.fotoblog.uol.com.br/)
2 comentários:
Muito grato pela citação ao "Mundo de K" e viva Ferreira Gullar!
...se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traducir uma parte
na outra parte
-que é uma questão
de vida ou morte-
será arte?
O autor não fecha o poema, o final fica com um ponto de interrogação e talvez seja para nós reflectirmos, "será arte?"
Traduzir-se, olhar para sí mesmo
e buscar, e encontrar, e
ENCONTR-ARTE.
Os E-poemas, O formigueiro,
Girassol, Vermelho, Mar azul,
como são interactivos, são muito
giros!
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