A nossa colega Chus de 1º NA manda-nos uma proposta de leitura para o Natal:
" Hoje eu sei: África rouba-nos o ser. E nos vaza de maneira inversa: enchendo-nos de alma"
Mia Couto. " A Varanda do Frangipani "
O Frangipani é uma árvore pequena dos trópicos que tem uma flor branca, amarela ou cor- de- rosa com um cheiro doce, um perfume entre o jasmin e a flor de laranjeira. Também é a protagonista deste romance de Mia Couto.
Em torno ao Frangipani narra-se a história de uns velhos abandonados por tudo e por todos, num país abandonado à sua sorte ( Moçambique), onde a lei do mais esperto é a que impera. O romance passa-se no período inicial de recuperação da guerra. Um " xipoco" ou fantasma, entra no corpo de um polícia e vai para a fortaleza de S. Nicolau ( agora um asilo) desvendar o assassinato do director pelo asilo, onde toda a acção se desenvolve, e busca o verdadeiro culpado: " o culpado que você procura , caro Izidine, não é uma pessoa, é a guerra. Todas as culpas são da guerra".
Mia couto apresenta Moçambique como um país novo e ao mesmo tempo profundamente ligado às tradições e aos mitos ancestrais, motivo que faz as personagens mover-se entre numerosas contradições e perder-se num labirinto de sentimentos.
É um livro de fácil leitura que te surpreende com formosas metáforas e palavras inventadas engraçadas que são a expressão exacta do que nos quer transmitir (" inutensilio" ).
Deixo-vos algumas frases de que tanto gostei:
" A velhice que é senão a morte estagiando em nosso corpo?
" Nós, mulheres, estamos sempre sob a sombra da lâmina: impedidas de viver enquanto novas; acusadas de não morrer quando já velhas"
"... a tristeza tem artes de fazer música"
" Quem é gota sempre pinga, quem é caçimbo se evapora"
E como despedida, diz Mia Couto sob África: " Aqui é onde a terra se despe e o tempo se deita".
Ideal para o Natal!
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Uma página para esclarecer dúvidas de pronúncia
Prontuário sonoro
O Prontuário Sonoro da Rádio e Televisão de Portugal é uma colecção, em actualização permanente, de palavras da língua materna que apresentem dificuldades ou dúvidas de pronúncia e de outras de línguas estrangeiras com uso continuado no audiovisual português (por exemplo, termos científicos, nomes de escritores, artistas e políticos, nomes de lugares, etc.).
Digam-nos se este prontuário vos ajudou a pronunciar melhor algumas palavras.
O Prontuário Sonoro da Rádio e Televisão de Portugal é uma colecção, em actualização permanente, de palavras da língua materna que apresentem dificuldades ou dúvidas de pronúncia e de outras de línguas estrangeiras com uso continuado no audiovisual português (por exemplo, termos científicos, nomes de escritores, artistas e políticos, nomes de lugares, etc.).
Digam-nos se este prontuário vos ajudou a pronunciar melhor algumas palavras.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Um novo desafio!
Tendo em conta que recebemos um conjunto de livros novos e que há outros emprestados, gostávamos de os convidar a partilhar impressões de leitura. De cada vez que levarem um livro do qual gostem particularmente, podiam fazer uma pequena recomendação aos colegas.
O colega Benito (1ºNA) resolveu dar o exemplo e mandou-nos um comentário do livro O último voo do flamingo, de Mia Couto. Aqui vai!
<< Narra as desventuras de um tradutor moçambicano e de um Capacete Azul italiano que tem de fazer uma investigação sobre a morte de um colega, por causa de uma mina anti-pessoal depois da descolonização.
As tradições, os costumes, as superstições, as renovadas autoridades e as forças vivas da comunidade - a prostituta, o feiticeiro, o padre e a mulher do Governador- marcam o acontecer do romance.
Mostra o dia-a-dia da comunidade, onde a mulher não tem importância. "Para eles ideia de mulher se explica na cabeça de outro homem" diz a prostituta, mas no fundo são as mulheres que têm o peso do quotidiano às costas, elas ajudam-se e odeiam-se.
A tradição é quase sempre favorável ao homem "Se uma mulher perder a fertilidade, o homem terá direito a não ter deveres".
Tudo decorre normalmente até que o desgoverno prejudica um da própria comunidade - o tonto- que morre. A situação muda. Enquanto foi um estrangeiro a morrer não importou, mas quando foi um membro da comunidade foi necessário procurar uma solução; descobrindo-se então a corrupção que se faz com a ajuda internacional e a administração.
O italiano tem o seu passado, o tradutor o seu presente e a população só Deus sabe se terá futuro imediato.>>
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
MAGUSTO 2010
Para quem não teve a oportunidade de o fazer, ainda vai a tempo de celebrar o Magusto e de se deliciar com as típicas castanhas assadas. Aproveitando que nem é assim tão longe...
http://www.cm-elvas.pt/agenda_cultural/index.htm
Por falar nisso... Querem conhecer a lenda de São Martinho e saber por que razão existe o chamado "Verão de São Martinho"?
http://www.infopedia.pt/$lenda-de-s.-martinho
E, para terminar, fica um desafio culinário para quem tiver tempo e vontade:
http://agal-gz.org/blogues/index.php/gent/2008/10/31/o-magusto
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Um novo exercício!
Este mês propomos um exercício para recordar as profissões através do jogo da forca!
http://guida.querido.net/jogos/forca/profiss.htm
Quantos acertos? E quantas cabeças pendentes? ;)
http://guida.querido.net/jogos/forca/profiss.htm
Quantos acertos? E quantas cabeças pendentes? ;)
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Vamos saber mais sobre o Porto?
Entra na página do Instituto Camões e vê o episódio sobre o Porto do programa Cuidado com a Língua! Descobre algumas expressões típicas do Norte do país.
http://cvc.instituto-camoes.pt/aprender-portugues/a-falar/cuidado-com-a-lingua.html
http://cvc.instituto-camoes.pt/aprender-portugues/a-falar/cuidado-com-a-lingua.html
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
O livro do mês
O OUTRO PÉ DA SEREIA - MIA COUTO
“A viagem não começa quando se percorrem as distâncias, mas quando se atravessam as nossas fronteiras interiores.”
Mia Couto
O romance começa com o enterro de uma pequena estrela num descampado chamado Antigamente. O pastor Madzero Zero e sua mulher Mwadia procuram o advinho Lázaro Vivo e pedem permissão para entrar na floresta e enterrar a estrela. Na beira do rio, encontram uma estátua de Nossa Senhora sem um pé, um esqueleto e um baú com documentos antigos. O marco incial para o início de duas ousadas travessias, traçadas pelo sincretismo e pelos contextos históricos, políticos e sociais que marcaram Moçambique desde a origem do colonialismo português até 2002, dez anos após o término da guerra civil que sangrou a nação durante dezasseis anos.
A imagem de Nossa Senhora com o pé cortado se divide em dois tempos: Na histórica incursão do jesuíta português D. Gonçalo da Silveira que trouxe a imagem benzida pelo papa para a sua introdução na corte do Império de Monomotapa em 1560 às margens do rio Zambeze, e, em 2002, no retorno de Mwadia a Vila Longe com a missão de introduzir a imagem num lugar sagrado. Mwadia irá se deparar com suas reminiscências e medos, distante das consentidas impossibilidades de Antigamente, e será o elo entre as duas travessias que se unem com a imagem de Nossa Senhora e a necessidade de desvendar as sombras.
“Receio de que os seus já não lhe pertencessem, e que a velha casa estivesse morta.”
Todos os personagens são riquíssimos, construções preciosas do início de processo de colonização e da sociedade de Moçambique em 2002, independente desde 1975. A relação entre os portugueses, os indianos e os negros é revelada nas travessias, as etnias são marcadas, como os rios que deságuam num oceano que, sem margens à vista, é como uma náu à beira do abismo descrita pelo autor.
A chegada dos estrangeiros (afro-americanos) é aguardada com ansiedade, representa uma fonte de renda para a desolada cidade entregue ao passado. A comunidade encontra-se para forjar uma memória sobre a escravidão, já relegada ao esquecimento (é necessário esquecer para sobreviver) até pelas contradições que traz em sua própria constituição, como a captura e venda de escravos realizada pelos próprios negros. Como o escravo Xilundo que foi vendido pelo próprio pai Baba Inhamoyo, proprietário e negociantes de escravos: “No processo de ser escravo ele aprenderia a escravizar os outros.”
Os afro-americanos também precisam forjar uma presença para garantirem a sobrevivência com contas superfaturadas para ONGS que alimentam a pobreza e a autocomiseração de povos rendidos à caridade.
A lucidez das falas do barbeiro Arcanjo Mistura, guardião do espírito revolucionário, condenado a guardar seu idealismo numa fortaleza sem muros, contrapõe-se com a visão do empresário Casuarino, com a passividade do negro Zeca Matambira, funcionário do desativado correio, que teve de abandonar a carreira de boxeador porque não conseguia bater em brancos ou mulatos, e com a morte em vida do goês Jesustino Rodrigues que de tempos em tempos troca de nome em busca de identidade.
As alienações e os esquecimentos são lidos nas palavras que secaram em Zero Madzero ou na canoa que se liberta da margem do tempo e ganha o rio na lucidez ou no delírio de Mwadia. Nos retratos da sociedade que se erguem na parede dos ausentes no interior da alma da protagonista.
Mia Coutro traz à tona a origem poética da língua portuguesa, a beleza e o alcance das metáforas bem empregadas, a reflexão da história que corre como uma rio rumo aos oceanos e a necessidade de reconstruir os pés que representem a realidade das sociedades.
O final do romance é excepcional. Dá ao leitor a dimensão ampliada de tudo o que lera nos capítulos anteriores. Versos são extraídos da prosa e são vestígios para a conclusão. Um toque de mestre que transforma o livro numa canoa que no dizer da protagonista Mwadia é o que faltava em sua vida.
“Um livro é uma canoa. Este era o barco que lhe faltava em Antigamente. Tivesse livros e ela faria a travessia para o outro lado do mundo, para o outro lado de si mesma.”
A imagem de Nossa Senhora, ou Nzuzu, ou Kianda, desliza nos cursos das travessias. Seus pés são Mwadia que une e sustenta a travessia dos sonhos e histórias. Existem crenças que não precisam de alicerces em solo firme, são como água, ar, vento e se equilibram no ventre das palavras e dos silêncios. Quando expostas ao mundo trazem à tona o brilho das pequenas estrelas que precisam de um firmamento próprio para crescerem e iluminarem realidades.
“A viagem termina quando encerramos as nossas fronteiras interiores, Regressamos a nós mesmos, não a um lugar.”
Helena Sut
Publicado no Recanto das Letras em 23/06/2006
“A viagem não começa quando se percorrem as distâncias, mas quando se atravessam as nossas fronteiras interiores.”
Mia Couto
O romance começa com o enterro de uma pequena estrela num descampado chamado Antigamente. O pastor Madzero Zero e sua mulher Mwadia procuram o advinho Lázaro Vivo e pedem permissão para entrar na floresta e enterrar a estrela. Na beira do rio, encontram uma estátua de Nossa Senhora sem um pé, um esqueleto e um baú com documentos antigos. O marco incial para o início de duas ousadas travessias, traçadas pelo sincretismo e pelos contextos históricos, políticos e sociais que marcaram Moçambique desde a origem do colonialismo português até 2002, dez anos após o término da guerra civil que sangrou a nação durante dezasseis anos.
A imagem de Nossa Senhora com o pé cortado se divide em dois tempos: Na histórica incursão do jesuíta português D. Gonçalo da Silveira que trouxe a imagem benzida pelo papa para a sua introdução na corte do Império de Monomotapa em 1560 às margens do rio Zambeze, e, em 2002, no retorno de Mwadia a Vila Longe com a missão de introduzir a imagem num lugar sagrado. Mwadia irá se deparar com suas reminiscências e medos, distante das consentidas impossibilidades de Antigamente, e será o elo entre as duas travessias que se unem com a imagem de Nossa Senhora e a necessidade de desvendar as sombras.
“Receio de que os seus já não lhe pertencessem, e que a velha casa estivesse morta.”
Todos os personagens são riquíssimos, construções preciosas do início de processo de colonização e da sociedade de Moçambique em 2002, independente desde 1975. A relação entre os portugueses, os indianos e os negros é revelada nas travessias, as etnias são marcadas, como os rios que deságuam num oceano que, sem margens à vista, é como uma náu à beira do abismo descrita pelo autor.
A chegada dos estrangeiros (afro-americanos) é aguardada com ansiedade, representa uma fonte de renda para a desolada cidade entregue ao passado. A comunidade encontra-se para forjar uma memória sobre a escravidão, já relegada ao esquecimento (é necessário esquecer para sobreviver) até pelas contradições que traz em sua própria constituição, como a captura e venda de escravos realizada pelos próprios negros. Como o escravo Xilundo que foi vendido pelo próprio pai Baba Inhamoyo, proprietário e negociantes de escravos: “No processo de ser escravo ele aprenderia a escravizar os outros.”
Os afro-americanos também precisam forjar uma presença para garantirem a sobrevivência com contas superfaturadas para ONGS que alimentam a pobreza e a autocomiseração de povos rendidos à caridade.
A lucidez das falas do barbeiro Arcanjo Mistura, guardião do espírito revolucionário, condenado a guardar seu idealismo numa fortaleza sem muros, contrapõe-se com a visão do empresário Casuarino, com a passividade do negro Zeca Matambira, funcionário do desativado correio, que teve de abandonar a carreira de boxeador porque não conseguia bater em brancos ou mulatos, e com a morte em vida do goês Jesustino Rodrigues que de tempos em tempos troca de nome em busca de identidade.
As alienações e os esquecimentos são lidos nas palavras que secaram em Zero Madzero ou na canoa que se liberta da margem do tempo e ganha o rio na lucidez ou no delírio de Mwadia. Nos retratos da sociedade que se erguem na parede dos ausentes no interior da alma da protagonista.
Mia Coutro traz à tona a origem poética da língua portuguesa, a beleza e o alcance das metáforas bem empregadas, a reflexão da história que corre como uma rio rumo aos oceanos e a necessidade de reconstruir os pés que representem a realidade das sociedades.
O final do romance é excepcional. Dá ao leitor a dimensão ampliada de tudo o que lera nos capítulos anteriores. Versos são extraídos da prosa e são vestígios para a conclusão. Um toque de mestre que transforma o livro numa canoa que no dizer da protagonista Mwadia é o que faltava em sua vida.
“Um livro é uma canoa. Este era o barco que lhe faltava em Antigamente. Tivesse livros e ela faria a travessia para o outro lado do mundo, para o outro lado de si mesma.”
A imagem de Nossa Senhora, ou Nzuzu, ou Kianda, desliza nos cursos das travessias. Seus pés são Mwadia que une e sustenta a travessia dos sonhos e histórias. Existem crenças que não precisam de alicerces em solo firme, são como água, ar, vento e se equilibram no ventre das palavras e dos silêncios. Quando expostas ao mundo trazem à tona o brilho das pequenas estrelas que precisam de um firmamento próprio para crescerem e iluminarem realidades.
“A viagem termina quando encerramos as nossas fronteiras interiores, Regressamos a nós mesmos, não a um lugar.”
Helena Sut
Publicado no Recanto das Letras em 23/06/2006
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Início do ano lectivo
Olá a todos!
Somos a Inma e a Lígia, as novas professoras de português da EOI de Navalmoral. Como sabem, já começaram as aulas, mas ainda podem matricular-se até ao dia 30 deste mês. Os que já se inscreveram, têm neste blogue e na página da EOI as referências dos manuais adoptados e/ou recomendados.
Uma nota para os alunos que têm aulas às terças e quintas: na sexta, dia 1, há aulas :).
Teremos também uma prova de nível no dia 27 às 18.00. Já se podem inscrever na secretaria da escola.
Deixamos uma sugestão musical para o mês de outubro em Cáceres:
http://www.festivaldemusicaantiguadecaceres.es/index.php?option=com_content&view=article&id=33&Itemid=41
Somos a Inma e a Lígia, as novas professoras de português da EOI de Navalmoral. Como sabem, já começaram as aulas, mas ainda podem matricular-se até ao dia 30 deste mês. Os que já se inscreveram, têm neste blogue e na página da EOI as referências dos manuais adoptados e/ou recomendados.
Uma nota para os alunos que têm aulas às terças e quintas: na sexta, dia 1, há aulas :).
Teremos também uma prova de nível no dia 27 às 18.00. Já se podem inscrever na secretaria da escola.
Deixamos uma sugestão musical para o mês de outubro em Cáceres:
http://www.festivaldemusicaantiguadecaceres.es/index.php?option=com_content&view=article&id=33&Itemid=41
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Novos professores! Novas ilusões!
Amanhã, 9 de Setembro, chegam dois novos professores a este Departamento de Português, já que os que aqui estivemos neste último ano (Esther Martín Vázquez e eu próprio) daremos aulas longe de Navalmoral.
Haverá, portanto, novas ilusões, novos projectos, novas metodologias nas aulas, novas relações com este (ou outro) blogue e com a página do Facebook. Por tudo isso, só podemos ser optimistas.
Agora é o momento de agradecer o apoio que recebi dos alunos, dos colegas de Português das outras Escolas Oficiais de Línguas e de todos os que trabalharam e trabalham nesta Escuelina (o nome afectuoso para esta Escuela Oficial de Idiomas de Navalmoral de la Mata); fica, portanto, aqui a minha gratidão a todos eles. Foram quatro anos excelentes, com pouquíssimos momentos enfadonhos e muitos, muitos, cheios de sorrisos, alegrias e cumplicidades.
Concluo e a última linha só pode ser para Lígia Borges: bem-vinda!
José María Durán Gómez
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Chegou a carrinha da Gulbenkian!
Pois és, chegou a carrinha da FCG à Escola Oficial de Línguas de Navalmoral carregada com montes de livos. O Serviço Internacional respondeu com rapidez ao nosso pedido e enviou cerca de cinquenta livros: a História e Antologia da Literatura Portuguesa, a belíssima edição de As Origens de Portugal de Rómulo de Carvalho, livros de arte (Souza Cardoso ou Paula Rego, entre outros), de teoria da linguagem, de ensino de língua portuguesa, etc.
Quem quiser ler estes livros, só tem de vir à biblioteca da Escola. É fácil.
Claro, não podíamos acabar esta notícia com o nosso grande agradecimento a Fundação Calouste Gulbenkian pelo seu importante apoio.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Exercício lexical: aves de rapina
Esta fotografia é de Rafael Ruiz
domingo, 22 de agosto de 2010
A caminho de Santiago (e regresso)
Compostelana |
Pneu furado |
Chegada a Peraleda de la Mata |
Um ano atrás, no Verão de 2009, o Roberto Alonso (aluno de 2º de Nível Avançado) fez uma fascinante viagem de bicicleta por terras de Espanha e Portugal. Saiu de Sevilha e chegou a Santiago de Compostela. No regresso, partiu desta cidade galega e chegou a Valença do Minho, depois visitou o Porto, Lisboa e Elvas, entre outras cidades portuguesas, até chegar a Peraleda de la Mata, em terras da Extremadura espanhola.
Na sala de aulas, mostrou-nos muitas fotografias e explicou todos os pormenores: preparação da viagem, locais de acolhimento, problemas com o trânsito, amizades, etc.
Aqui mostramos unicamente algumas dessas fotografias, enquanto o texto do percurso completo pode ser lido aqui.
sábado, 21 de agosto de 2010
Colocação do pronome átono: um exercício
Já sabem que esta parte da gramática é um bocado complicada para os alunos espanhóis. Se calhar, este exercício de colocação do pronome pessoal átono no Português Europeu pode ajudar. Caros alunos, façam-no com tranquilidade, pois não é difícil. Completá-lo-ão adequadamente com os apontamentos na mão.
Força!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Exercícios para saber mais de Portugal e da Lusofonia
Nestas duas últimas semanas de Agosto vamos colocar vários exercícios para iniciar a preparação quer dos exames de Setembro, quer do feliz regresso às aulas. E começamos com três exercícios "culturais"; o primeiro tem a ver com as belas, muito belas, seis pontes que há no Porto. Quando concluirmos as dez questões propostas, poderemos fazer o teste dos rios de Portugal e, por último, os nossos conhecimentos sobre a Lusofonia (isto é, o conjunto de estados que tem o português como língua oficial) serão aqui avaliados.
Passem bem e não deixem de visitar bab.la!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Cabo Verde na Rádio Nacional de Espanha
O excelente programa Nómadas visitou no mês de Julho o arquipélago de Cabo Verde. Pode-se ouvir o programa completo (cerca de 55 minutos) aqui. Os jornalistas da RNE visitaram três ilhas, Boavista, Sal e Santiago (é pena não terem visitado Tarrafal). Há pequenos textos de Corsino Fortes e de Germano Almeida, além de músicas de Cesária Évora, Sara Tavares, Carmen Souza, Batuko Tabanka e Mayra Andrade.
Boa viagem (virtual)!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Nenhum Olhar, de José Luís Peixoto
"PENSO: TALVEZ O SOFRIMENTO SEJA LANÇADO às multidões em punhados e talvez o grosso caia em cima de uns e pouco ou nada em cima de outros." (p. 25)
"OS HOMENS SÃO UMA PEQUENA PARTE DO MUNDO, e eu não compreendo os homens. Sei o que fazem e as razões imediatas do que fazem, mas saber isso é saber o que está à vista, é não saber nada. Penso: talvez os homens sejam pedaços de caos sobre a desordem que encerram, e talvez seja isso que os explique.
Havia um sol dentro de um sol dentro de um sol no meu olhar,..." (p. 67)
José Luís Peixoto (Galveias, Ponte de Sor, Portalegre, 1974) é uma das mais importantes vozes no panorama literário português contemporâneo (de facto existe um prémio de poesia com o seu nome). Se gostaram do conto "O dia dos anos", inserido na Antologia do Conto Português (leitura do mês em Julho), sem dúvida vão gostar de ler mais um bocadinho deste autor. A escolha de leitura para este mês de Agosto é o seu romance Nenhum Olhar, livro que recebeu o Prémio José Saramago em 2001. "Um romance de homens e mulheres da terra, de anjos e de demónios do céu" segundo as palavras do próprio romancista. Nele, traça com mestria a realidade, os medos e as emoções das vidas rurais alentejanas através das suas personagens. Digamos que é fácil enquanto lemos um texto de Peixoto recriarmos na nossa mente lugares, cheiros, luzes, rostos, pelo seu domínio da linguagem, já que nos situa como leitores num cenário quase real e cheio de vida, onde às vezes acontece que o leitor se vê envolvido até tal ponto nas histórias que percebe as sensações das personagens como próprias.
Eduardo Prado Coelho disse de Peixoto que "bastam duas linhas, e entramos num continente novo, num lugar inédito do espaço literário". E José Mário Silva diz dele que o que "torna extraordinário é a sua capacidade de avançar por esta nebulosa de sentimentos e de angústias, evitando sempre cair em qualquer tipo de retórica emocional:"
Sublinharemos que a leitura não é fácil devido à mudança dos limites espácio-temporais, à mistura do imaginativo e do real, assim como às personagens que mudam sem prévio aviso. O fluxo de consciência que às vezes faz a leitura um bocado complicada para quem não estiver muito habituado à leitura, mas em Peixoto resulta mais leve pela sua prosa poética cheia de beleza.
Recomendo-vos Nenhum Olhar. Vale a pena deleitarmos com a leitura deste romance nas férias, pois é viver mais de uma vida, é viver mais de uma história, é um autêntico prazer. E acreditem que estamos a falar de uma literatura diferente.
Boa leitura para todos!
Inês Maria (2º de Nível Avançado)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Novo livro sobre Manoel de Oliveira
Não é a primera vez que se fala neste blogue do realizador Manoel de Oliveira (Porto, 1908) e agora o motivo é a recente publicação no Brasil dum livro que estuda a sua obra fílmica. A coerência do conjunto é conseguida pela organizadora (a professora Renata Soares Junqueira, da UNESP) ao criar cinco grandes apartados que clarificam a leitura: "Uma Poética para o Cinema", "Os Amores Frustrados", "Portugal e o Projeto Expansionista" "A Dialética do Bem e do Mal" e "Em Busca do Tempo Perdido". Ao todo são dezoito artigos, além da filmografia e da apresentação inicial, com cerca de trezentas páginas.
É, portanto, um livro para aqueles que procuram aprofundar na filmografia de Manoel de Oliveira e que, simultaneamente, celebram a força de um homem que começou a realização de filmes (longas, médias e curtas-metragens, documentários e outras peças) em 1931 com a curta-metragem Douro, Faina Fluvial e que ainda hoje continua a sua labor artística.
Ficha do livro: Renata Soares Junqueira (organizadora), Manoel de Oliveira: Uma Presença. Estudos de Literatura e Cinema. São Paulo, Editorial Perspectiva, 2010.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Um romance finlandês
Que podemos esperar duma vintena de finlandeses num autocarro a percorrer as estradas europeias? Um grande suicídio? Este livro que começa nas frias terras da Finlândia, termina nas agradáveis costas do Sul de Portugal: El lugar era excepcionalmente bello. Los acantilados, de más de sesenta metros de altura, caían a pico en el océano color turquesa. El mar era allí cálido y su aliento no parecía tan cruel como el del Ártico. pero el agua es la misma en todos los mares.
Trazemos, a seguir, um curioso comentário linguístico incluído nas últimas páginas deste romance, engraçado, irónico e um bocado zombeteiro do escritor Arto Paasilinna:
Al viejo y extenuado criador de renos lo sacó del mar un par de horas más tarde un pesquero portugués cochambroso que navegaba rumbo a Terranova en busca de bacalaos. Uula pasó varias noches secando en el puente de proa sus cientos de miles de dólares, antes de que el barco llegase a su zona de pesca. En dos meses aprendió a hablar portugués, lo cual no es ningún milagro, porque la pronunciación del sami es sorprendentemente parecida. Mientras que el portugués procede del latín vulgar, el sami procede del bramido de los renos.
As citações são da edição espanhola
(Anagrama, 2008, páginas 254 e 271),
pois não tenho à mão a edição portuguesa de Relógio d'Água.
Chema DG
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Livro do Mês: Antologia do Conto Português
Acabou a Taça do Mundo de futebol (com grandes festas em Espanha) mas a vida não pára. Por isso, Inês Maria, aluna de 2º de Nível Avançado, propõe como leitura para o mês de Julho a Antologia do Conto Português. Estas são as palavras dela:
Na minha opinião, a leitura no Verão tem de ser “fresca” e com um claro objectivo: desfrutar e descontrair e até fugir daqueles temas um bocado densos podendo abordá-los noutro momento. Nesta altura do ano acho os contos serem uma boa escolha. A Antologia do Conto Português de João de Melo (Achadinha, Açores, 4-II-1949) é perfeita. Temos saído da rotina, e agora são a imaginação e as histórias que nos vão levar a lugares novos. Porém, temos de ter em conta que pelo facto de lermos contos, não ficamos longe de uma leitura séria no que respeita aos conteúdos, sendo mais que certo que os relatos curtos a fazem mais leve.
Com o livro, que com certeza conhecemos, pois é quase de leitura obrigatória nas Escolas Oficiais de Línguas, podemos dar-nos ao luxo de ter na mão autores como Eça de Queirós, Manuel Alegre, Almada Negreiros, Camilo Castelo Branco, Mário de Sá-Carneiro, Miguel Torga, José Saramago, Sophia de Mello Breyner, Lídia Jorge, José Luís Peixoto, e mais outros quarenta dos séculos XIX e XX.
Segundo escreve João de Melo no prólogo, “Importa, assim, conhecer o conto português à luz dessa ideia de contemporaneidade literária. Através dele temos a possibilidade de nos revermos no tempo e no país em que vivemos –e não apenas historicamente, mas também social, estética e até literariamente falando” E acrescenta “acredito no conto como uma secreta e comovida visitação dos mitos do homem,” “Eis-nos, assim, perante uma literatura histórica, mística, mitológica, mágica, etno-fantástica, trágica, realista, moderna, pós-moderna, como só ela sabe ser –e como todas as outras o são também, afinal.”
Temos nas mãos um leque de possibilidades para nos desfrutarmos. Aproveitemo-nos deste privilégio.
Com o livro, que com certeza conhecemos, pois é quase de leitura obrigatória nas Escolas Oficiais de Línguas, podemos dar-nos ao luxo de ter na mão autores como Eça de Queirós, Manuel Alegre, Almada Negreiros, Camilo Castelo Branco, Mário de Sá-Carneiro, Miguel Torga, José Saramago, Sophia de Mello Breyner, Lídia Jorge, José Luís Peixoto, e mais outros quarenta dos séculos XIX e XX.
Segundo escreve João de Melo no prólogo, “Importa, assim, conhecer o conto português à luz dessa ideia de contemporaneidade literária. Através dele temos a possibilidade de nos revermos no tempo e no país em que vivemos –e não apenas historicamente, mas também social, estética e até literariamente falando” E acrescenta “acredito no conto como uma secreta e comovida visitação dos mitos do homem,” “Eis-nos, assim, perante uma literatura histórica, mística, mitológica, mágica, etno-fantástica, trágica, realista, moderna, pós-moderna, como só ela sabe ser –e como todas as outras o são também, afinal.”
Temos nas mãos um leque de possibilidades para nos desfrutarmos. Aproveitemo-nos deste privilégio.
(Encontram-se mais informações acerca de João de Melo no Projecto Vercial)
domingo, 11 de julho de 2010
Brasil, 2014
A partir de amanhã só com ler ou ouvir estas duas palavras Brasil 2014, perceberemos que estamos a tratar do maior espectáculo do mundo actual. Ainda não acabou África do Sul 2010 e já conhecemos o logo de Brasil 2014, embora não esteja dispensado de azedas polémicas (por exemplo, aqui). Vejam o vídeo da logomarca, que já é oficial, e o mapa das cidades-sede:
terça-feira, 6 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
Libros de texto (2010-2011)
Nivel Básico
1º: Ana Tavares, Português XXI, 1. Lisboa, Lidel. ISBN: 978-972-757-541-1.
2º: Ana Tavares, Português XXI, 2. Lisboa, Lidel. ISBN: 978-972-757-543-5.
Nivel Intermedio
2º: Ana Tavares, Português XXI, 3. Lisboa, Lidel. ISBN: 972-757-545-9.
Nivel Avanzado
1º: Hélder J. Ferreira, Português para Todos-4. Salamanca, Luso-Española de Ediciones. ISBN: 84-932394-5-3.
2º: Hélder J. Ferreira, Português para Todos-4. Salamanca, Luso-Española de Ediciones. ISBN: 84-932394-5-3.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Abierto el plazo de matrícula
Desde hoy, 1 de julio, hasta el próximo día 15 está abierto el plazo de matrícula en la Escuela Oficial de Idiomas de Navalmoral de la Mata. La secretaría abre de lunes a viernes, de 9:00 a 14:00 horas.
Requisito imprescindible para portugués: tener 14 ó más años.
Esta es la oferta para el curso 2010-2011 del Departamento de Portugués:
1º de Nivel Básico: lunes y miércoles, de 19:45 a 21:30 h.
2º de Nivel Básico: lunes y miércoles, de 17:30 a 19:15 h.
1º de Nivel Intermedio: martes y jueves, de 17:30 a 19:15 h.
2º de Nivel intermedio: martes y jueves, de 19:45 a 21:30 h.
1º de Nivel Avanzado: martes y jueves, de 19:45 a 21:30 h.
2º de Nivel Avanzado: lunes y miércoles, de 19:45 a 21:30 h.
domingo, 27 de junho de 2010
Futebol no Mundial 2010
Fotografia: www.abola.pt
Se no dia 25 foi o jogo da Lusofonia, na terça será o jogo ibérico...
E se não conhecem, aqui estão os Monthy Pythom e a sua ideia do futebol (em inglês).
sexta-feira, 18 de junho de 2010
José Saramago (Azinhaga, 16-XI-1922, Lanzarote, 18-VI-2010)
Como não vamos fazer melhor, deixamos aqui as palavras inseridas hoje na página web da Fundação José Saramago:
Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença.
O escritor morreu estando acompanhado
pela sua família,
despedindo-se de uma forma serena e tranquila.
Fundação José Saramago
18 de Junho de 2010
O escritor morreu estando acompanhado
pela sua família,
despedindo-se de uma forma serena e tranquila.
Fundação José Saramago
18 de Junho de 2010
A notícia da morte do escritor está, obviamente, por toda a parte. Podem ler entrevistas, ver fotografias, ou escutar conversas nestes sete sítios portugueses (Jornal de Letras, Ler, Diário de Notícias, Público, Expresso, Sol, RTP - não percam a entrevista de José Rodrigues dos Santos), quatro brasileiros (Folha, Estadão, Rede Globo, Veja) e alguns espanhóis (El País, ABC, El Mundo, Público ou RTVE).
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Calendário dos exames de Setembro
Provas Escritas
(Sala de aula 14)
1º de Nível Básico: 2 de Setembro (quinta-feira), 16:00 h.
2º de Nível Básico: 1 de Setembro (quarta-feira), 16:00 h.
1º de Nível Intermédio: 2 de Setembro (quinta-feira), 16:00 h.
2º de Nível Intermédio: 3 de Setembro (sexta-feira), 19:00 h.
1º de Nível Avançado: 1 de Setembro (quarta-feira), 17:00 h.
2º de Nível Avançado: 7 de Setembro (terça-feira), 17:00 h.
Provas Orais
(Sala de aula 14)
2º de Nível Básico: 1 de Setembro (quarta-feira), 19:00 h. (alunos "oficiais" e "livres").
1º de Nível Intermédio: 2 de Setembro (quinta-feira), 18:30 h.
2º de Nível Intermédio: 3 de Setembro (sexta-feira), 17:00 h. (alunos "oficiais" e "livres")
1º de Nível Avançado: 2 de Setembro (quinta-feira), 17:00 h.
2º de Nível Avançado: 6 de Setembro (segunda-feira), 18:00 h. (alunos "oficiais").
7 de Setembro (terça-feira), 19.00 h. (alunos "livres").
domingo, 13 de junho de 2010
Calendário de Junho
Entrega de notas: 21 de junio, 17:00 horas.
Revisión de exámenes: 21 y 22 de junio, de 17:00 a 19:00 horas.
Prueba de clasificación: 23 de junio, 17:00 horas.
Revisión de exámenes: 21 y 22 de junio, de 17:00 a 19:00 horas.
Prueba de clasificación: 23 de junio, 17:00 horas.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Mundial / Copa de Futebol: África do Sul, 2010
Os adeptos / torcedores do futebol podem seguir o Mundial 2010 / Copa 2010 da África do Sul nalgumas das páginas a seguir:
1. Portugal: A Bola, O Jogo, Record, Público, Diário de Notícias, Expresso, RTP, SIC, TVI, TSF, RR, Sapo ou Clix.
3. Angola: Jornal dos Desportos.
4. Moçambique: Notícias ou Televisão de Moçambique.
5. Macau: Hoje Macau ou TDM.
6. Cabo Verde: RádioTelevisão Caboverdiana.
E se alguém tiver a grande sorte de viajar até lá, não se esqueça de seguir estes conselhos, fornecidos pela Embaixada de Portugal na África do Sul.
E enquanto começar o espectáculo, vejam o vídeo de apoio à selecção de Portugal intitulado Ligados a Portugal, criado pela RTP e cuja letra vão encontrar nesta página do Facebook.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
10 de Junho: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Hoje, 10 de Junho de 2010, Dia de Portugal, de Camões de das Comunidades Portuguesas, é feriado nacional e faz 430 anos da morte de Camões. Aparentemente, Luís de Camões nasceu em Lisboa em 1524 e faleceu em 10 de Junho de 1580. É uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas de Ocidente. Camões e a sua obra são sem dúvida símbolos de identidade de Portugal. Da obra, destacam-se Os Lusíadas (1572) - aqui nos formatos pdf e jpg, epopeia portuguesa por excelência, as Rimas e as Comédias.
Em 1880 o descobrimento de um documento na Torre do Tombo pelo Visconde de Juromenha revelou a data da morte do poeta. O deputado Simões Dias apresentou à Câmara legislativa a proposta do dia 10 de Junho como feriado nacional nesse ano, onde foi votada favoravelmente. Este foi o ponto de partida das comemorações, que depois seriam aproveitadas pelo Estado Novo em 1924, e que finalmente leva a que no dia 2 de Março de 1978 fosse declarado definitivamente o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas como feriado nacional.
Inês Maria (2º NA)
Inês Maria (2º NA)
terça-feira, 8 de junho de 2010
Poema do mês: Ferreira Gullar
Se o poema do mês passado foi uma cantiga de Bernardim Ribeiro (um bocado pessimista, é verdade), para o mês de Junho trazemos a estas páginas uma composição de Ferreira Gullar, o brasileiro (São Luís de Maranhão, 10-IX-1930) que vai receber o Prémio Camões de 2010. Dêem uma voltina pelas páginas dedicadas a este escritor, nomeadamente a página oficial, o blogue Mundo de K, a wikipédia ou a notícia no jornal lisboeta Público.
(A imagem é de Fernandes: http://pierifernandes.fotoblog.uol.com.br/)
sábado, 5 de junho de 2010
Exercício lexical: ferramentas
Dão-se bem com as ferramentas? Já tiveram de pedir ajuda para colocar um quadro? E nas viagens a Portugal, costumam levar um canivete? Tem no carro uma lanterna e uma chave de fendas? Isto e mais, aqui, no exercício do mês.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Exames: cuidado com o monstro terrível...
Nesta época, cuidado com o monstro Abaixa-Nota, que por aí anda... Diz Katia Canton no capítulo VI do seu excelente Monstruário que...
"É um tipo muito específico de monstro: acaba com a determinação e a confiança dos estudantes. Há muitos relatos de alunos que tinham certeza de que teriam boas notas no final do bimestre, mas quando finalmente chegou o boletim, tudo ruiu. Nota baixa em português, em comportamento, em não-sei-mais-quê. De onde veio tudo isto? O que aconteceu? Sem dúvida foi o Abaixa-Nota, que apesar de assustador pode ser neutralizado evitando algumas atitudes.
Confiar cegamente no seu taco e relaxar nos estudos ao longo do ano é o que atrai este monstro. Muitos estudantes relataram que, após terem ido bem em um teste ou prova específica, deixaram de estudar, achando que iam se dar bem sem mais nenhum esforço. Quando deram por si, lá estava o Abaixa-Nota acabando com a auto-estima deles. O antídoto é mesmo ser constante e persistente."
Acho que em Navalmoral não há bichos deste tipo. Ainda bem.
Chema DG
domingo, 30 de maio de 2010
Exames: nas compreensões auditivas...
1. Pare: isto é, fique tranquilo, em silêncio.
2. Escute: a audição com todos os sentidos. Ouça com toda a atenção que for possível.
3. Olhe: para o vídeo (se houver) e para as perguntas do texto, calmamente. Se calhar, não é boa ideia dar uma olhadela no papel do vizinho.
E agora, boa sorte nos exames!
PS. Eis a ligação para o documentário Pare, Escute, Olhe de Jorge Pelicano.
Procedência das imagens: a primeira da Wikipédia, a segunda é de José Goulão (www.flickr.com)
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Sinal de trânsito em Trancoso
Gostei imenso deste sinal de trânsito quando o vi na cidade de Trancoso (não deixem de ir, merece a pena uma visita tranquila!) no passado mês de Agosto. Adaptação à realidade social? Privilégios do corpo eclesiástico? Obviamente não dá para fazer um dramalhão nem para espalhar boatos, mas sim para conversar na sala de aula.
Chema DG
domingo, 23 de maio de 2010
Neste Verão: Português em Portugal!
Começa agora o momento de escolher um curso de Português como Língua Estrangeira para os meses de Julho, Agosto e Setembro para quem quiser (e puder) passar uns dias ou umas semanas em Portugal.
Serei subjectivo pois vou recomendar os Cursos de Verão da Universidade do Porto. Como esta é a sua terceira edição, não têm uma grande experiência e muitos elementos organizativos podem (e devem) ser melhorados, mas a gente é muito amável e considerada. Quem lá for, será bem recebido e bem tratado: experimentem e digam!
Mas há outras possibilidades, nomeadamente nas Universidades de Lisboa, Coimbra ou Algarve (e não só, de lés a lés, encontrarão entidades públicas e privadas que ensinam português nestes meses veranegos).
Seja onde for, passar umas semanas em Portugal será uma opção excelente para qualquer aluno de língua portuguesa.
Chema DG
quinta-feira, 20 de maio de 2010
"Ainda há pastores?": um comentário
O documentário Ainda há pastores? que temos na biblioteca para nós requisitarmos, é magnífico.
Se gostarem de descontrair e desfrutar da natureza, e de outros aspectos da vida, diferentes aos que estamos costumados a viver no nosso dia-a-dia, vejam. Vale a pena!
O filme de Jorge Pelicano desenvolve-se no Vale da Serra da Estrela (Casais de Folgosinho, Portugal), e percorre o Vale à procura das histórias reais e simples das pessoas que ainda moram nele. Um dos protagonistas é o pastor Hermínio, cuja vida é caminhar pela montanha com as ovelhas, ao som das cassetes de Quim Barreiros. Vamos conhecer também duas crianças, uma mulher velha, um casal... que resistem no Vale apesar das dificuldades e a dureza que implica morar lá.
Não há palavras que possam descrever o que transmitem os rostos, reparem na rapariga quando está a falar das tarefas que desempenha num dia normal, ou na fotografia da mulher velha na sua casa. É arte e vida misturados, e afinal uma obra para os nossos sentidos quando achas que é mais uma história levada ao cinema, oferece-te um salto no tempo, um seguimento para nós comprovarmos como têm evoluído as histórias, e que é o que tem acontecido no vale quatro anos depois. Evidentemente não vou contar...
O silêncio, a natureza, a simplicidade, sem luz eléctrica, sem água canalizada, as montanhas, o gado... são para não perderem.
Digamos que é um filme bem cuidado, cuja fotografia é espectacular, as histórias muito bem contadas com a simplicidade das próprias vidas, e acho muito bem merecidos os vários galardões que possui.
Inês Maria P. (2º Nível Avançado)
Inês Maria P. (2º Nível Avançado)
terça-feira, 18 de maio de 2010
www.eoinavalmoral.es
Aqui esta: é a nova página da Escuela Oficial de Idiomas de Navalmoral de la Mata. Nela, poderão consultar o calendário anual, as datas dos exames, informação dos três departamentos da Escola... Sejam bem-vindos!
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Voltamos às aulas
Os alunos do Nível Avançado e do Curso Monográfico "Conhecer Portugal em Bom Português" já têm aulas. Espero-vos a todos!
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Prémios do II Concurso "Pasaba por ahí"
Com motivo do dia do Centro (9 de Maio, Dia da Europa), organizámos algumas actividades na Casa da Cultura. Uma delas foi a entrega de prémios às três fotografias que obtiveram maior número de votos no concurso "Pasaba por ahí". Reparem que tanto o primeiro como o terceiro prémio foram para alunos de Português ;-)
Agora é só agradecer a participação de todos os que enviaram fotografias (que inveja, quantas viagens!), de aqueles que nos escreveram com sugestões para melhorarmos o concurso em futuras edições e das pessoas que votaram e deram uma olhadela pelos blogues da nossa Escola de Idiomas.
Eis as fotografias que receberam os prémios:
1º: Juan Luis Saavedra Moreno (Português, 2º de NB) - Pequim, China.
2º: Sergio Martín González (Inglês, 2º de NI) - Cancun, México.
3º: Inés María Pérez García (Português, 2º de NA) - Cova do "Soplao", Cantábria.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Provas de "Classificação"
Último dia para realizar as inscrições para as "Provas de Classificação" (ou "Provas de Nível"): 26 de Maio.
Dia do exame das "provas de classificação" de Português: 24 de Junho (quinta-feira), 17:00 horas.
Mais informação: na página web da Escola ("Última hora" e "exámenes").
terça-feira, 11 de maio de 2010
Exercício do mês: verbos irregulares
Um exercício para os alunos de Nível Básico e do Curso Monográfico: pratiquem as formas do Presente do Indicativo dos verbos irregulares. Não são fáceis, mas também nada é impossível: experimentem aqui.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Nova imagem para as Escolas Oficiais de Idiomas
As nove Escolas Oficiais de Idiomas (Almendralejo, Badajoz, Cáceres, Mérida, Montijo, Navalmoral de la Mata, Plasencia, Villanueva de la Serena-Don Benito e Zafra) da nossa região dispõem de uma nova imagem. Gostam dela?
domingo, 9 de maio de 2010
Aviso para os alunos de Avançado e Monográfico
Caros alunos do Curso Monográfico "Conhecer Portugal em Bom Português" e alunos de 1º e 2º de Avançado: esta semana não haverá aulas.
Alunos do Nível Avançado: estudem, sff. Preparem um trabalho de expressão escrita (interessante, se for possível).
Peço desculpas,
Chema DG
sábado, 8 de maio de 2010
Exames de Junho
Exames de expressão oral:
1º de Nível Básico: 3 (quinta-feira) - 16:30 h.
2º de Nível Básico: 2 (quarta-feira) - 19:30 h.
1º de Nível Intermédio: 8 (terça-feira) - 19:30 h.
2º de Nível Intermédio: 7 (segunda) - 18:00 h.[alunos livres] e 9 (quarta) - 19:30 h.
1º de Nível Avançado: 8 (terça-feira) - 19:00 h.
2º de Nível Avançado: 3 (quinta) - 19:30 h. e 10 (quinta) - 20:15 h. [alunos livres]
Para consultar qualquer dúvida, falem com os professores
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Exames: Junho de 2010
Alunos "oficiais" e "livres" - Sala de aula: 14
Provas escritas (Compreensão de leitura, compreensão auditiva e expressão escrita)
1º de Nível Básico: 1 de Junho - 16.00 h.
2º de Nível Básico: 2 de Junho - 16:00 h.
1º de Nível Intermédio: 8 de Junho - 16:00 h.
2º de Nível Intermédio: 7 de Junho - 19:00 h.
1º de Nível Avançado: 9 de Junho - 16:00 h.
2º de Nível Avançado: 10 de Junho - 16:00 h.
Alunos "livres" - Sala de aula: 14
Prova de expressão oral
2º de Nível Básico: 2 de Junho (quarta-feira) - 19:00 h.
2º de Nível Intermédio: 7 de Junho (segunda-feira) - 18:00 h.
2º de Nível Avançado: 10 de Junho (quinta-feira) - 20:15 h.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
6 de Maio: Dia do Centro
Temos de comunicar que, infelizmente, não haverá teatro de sombras em português hoje na Casa da Cultura por causas alheias quer a Escola de Línguas quer ao Departamento de Português. Lamentamos este facto enormemente e pedimos desculpas. Continuam as actividades programadas em inglês e francês.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Womad em Cáceres: artistas lusófonos
O programa do Womad Cáceres é, mais uma vez, muito interessante, bué de fixe. Infelizmente, não há artistas portugueses, mas três deles vêm de países lusófonos. São estes:
6 de Maio (11:00 h.), Flora Gomes (Guiné) apresenta na Filmoteca de Extremadura o filme Mortu Nega.
6 de Maio (23:15 h.), Marcelo D2 (Brasil), na Praça Maior.
7 de Maio (17:00 h.), Waldemar Bastos (Angola), na Praça de São Jorge (atelier).
7 de Maio (20:15 h.), Waldemar Bastos (Angola), na Praça de São Jorge.
Bom Festival para todos!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Actividades do Dia do Centro (6 de Maio)
Neste ano as actividades do Dia do Centro vão ser realizadas na próxima quinta-feira, 6 de Maio na Casa da Cultura de Navalmoral.
Eis o Programa:
17:30 – 18:30 h.: teatro em inglês
Grupo: SOS in Action
Peças: World Cup Mania e Monster Madness
18:30 – 19:15 h.: prémios do II Concurso de Fotografia "Pasaba por Ahí 2010"
19:15 – 20:15 horas: teatro em francês
Grupo: SOS in Action
Peças: La vengeance du Capitaine e L’aventure du Diamant blue
20:30 – 21:30 h.: teatro de sombras em português
Actor: Carlos Jorge Gomes
Peça: A árvore e o rei
Sejam todos bem-vindos, alunos ou não da Escola de Línguas
terça-feira, 27 de abril de 2010
Prémios The BOBs (Deutsche Welle)
Já se decidiram os melhores blogs do Mundo, no Prémio organizado pela emissora alemã Deutsche Welle. Trata-se de uma excelente ocasião para dar uma voltinha por alguns dos melhores blogues escritos em língua portuguesa (há 428 inscrições!) e não só.
Alguns dos Prémios do Júri foram estes:
1. Melhor weblog: The Ushahidi Blog (EUA, inglês)
2. Prémio Repórteres Sem Fronteiras (RSF): Nós somos jornalistas (Irão, persa)
3. Prémio Blogwurst: Blogs do Além (Brasil, português)
4. Prémio Tópico Especial Mudanças Climáticas: Coluna Zero (Brasil, português)
5. Melhor weblog em português: Física na Veia! (Brasil)
E os ususários votaram nos seguintes blogues:
1. Melhor weblog: Críticas de Osama (Jordânia, árabe)
2. Melor weblog em português: Digital Drops (Brasil)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Auxiliares linguísticos para 2010-2011
Convocatória para 10 auxiliares linguísticos de Portugal para as regiões da Extremadura, Castela e Leão e Andaluzia.
Trabalho: 12 horas semanais
Bolsa: 700 euros mensais
Último dia para realizar a inscrição: 15 de Maio
Toda a informação: Ministério da Educação
Trabalho: 12 horas semanais
Bolsa: 700 euros mensais
Último dia para realizar a inscrição: 15 de Maio
Toda a informação: Ministério da Educação
Despachem-se!
domingo, 25 de abril de 2010
25 de Abril de 1974 (nos jornais da Extremadura)
A nossa homenagem (sim, homenagem) ao 25 de Abril de 1974 este ano tem a ver com as primeiras notícias que publicaram os jornais extremenhos. Muitas coisas mudaram com o 25 de Abril e uma delas foi a imagem que de Portugal se tinha nesta região espanhola.
Que o 25 de Abril podia ter sido melhor? Podia. Que nem tudo correu bem? É verdade. Que a descolonização podia ter sido feita de forma diferente? Podia.
E também Portugal podia não estar hoje na UE, ou podia ter começado uma guerra civil, ou uma guerra com Espanha, ou uma guerra colonial sem fim...
quinta-feira, 22 de abril de 2010
VI Maratona de leitura portuguesa em Cáceres
Na XI Feira do Livro de Cáceres realizar-se-á, mais uma vez, uma maratona em língua portuguesa, onde os participantes terão a possibilidade de ler (claro), mas também poderão cantar. E ainda há mais: por aí estarão César Prata e Vanda Rodrigues, que constituem o grupo Assobio, com a sua "música tradicional expandida". Força, leitores!
Onde: Feira do Livro de Cáceres (Passeio de Cánovas)
Quando: terça-feira, 27 de Abril (a partir das 17:00 horas)
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Brasília faz 50 anos
A capital do Brasil faz hoje 50 anos. Esta cidade, fascinante pela sua arquitectura, tem uma história invulgar, que começa muitos anos antes de ela ser declarada Património da Humanidade pela Unesco. Como podem supor, há uma quantidade imensa de livros, fotografias e referências na imprensa brasileira (Folhaonline, Estadão, Correio Braziliense ou Globo; não percam este especial Veja) que tratam deste assunto. Quem não saiba nada, nada, nada de Brasília, encontrar-se-á como nomes como Oscar Niemeyer, Lúcio Costa ou Juscelino Kubitschek. Merece a pena visitarem algumas das páginas que aqui mostramos. E, claro, viajar a Brasília :)
sábado, 17 de abril de 2010
Web 2.0 no âmbito das línguas, por A. Paniagua
Ontem, sexta-feira, realizaram-se na EOI de Montijo as XI Jornadas de Profesores de Escuelas Oficiales de Extremadura. Houve palestras de qualidade (eu estive a ouvir primeiro a Ed Cousins e mais tarde a Ángel Gallego e Juan Luis Salguero), mas aqui vou trazer a palestra intitulada "Uso das redes sociais na sala de aula", de Antonio Paniagua, que foi muito, muito interessante. Vejam tudo o que os profesores temos de aprender e ser capazes de levar às nossas salas de aula:
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